Moda & Beleza

Slow Down Fashion: moda bonita é moda responsável

Conheça a plataforma que une marcas conscientes
Letícia Genesini
27 de maio de 2016

Moda bonita é moda responsável. Conheça a Slow Down Fashion, a primeira plataforma Slow Fashion brasileira que veio para te ajudar a ter um armário e uma vida mais consciente.

Nós sempre falamos da importância de saber de onde vem nossa comida e entender quais são as ramificações da cadeia alimentar da qual fazemos parte, mas essa responsabilidade não existe só no universo do alimento. O ritmo acelerado da moda não dita só a passarela e novas coleções, mas um sistema de consumo questionável e insustentável, e não é de hoje que ouvimos sobre o lado feio da moda, que vai desde à escolha e tratamento dos materiais até denúncias de trabalho escravo. 

É buscando uma moda mais consciente que nasce o conceito de Slow Fashion. O termo criado pela britânica Kate Fletcher nasce como alternativa à indústria fashion de massa, e vem não apenas para exigir uma moda mais responsável social e ambientalmente, mas também para pedir um consumo mais consciente dos próprios compradores. Alguns dos pilares do movimento são:

  1. Qualidade e não quantidade. Trata-se de questionar a moda barata e descartável que consegue preços atrativos através de baixa qualidade e condições de trabalhos alarmantes. Além de por em xeque também o consumo desenfreado, pedindo uma reflexão ao momento da compra: devo comprar algo a mais?
  2. Compre do pequeno. É fazer escolhas que apoie a produção local, artesanal, sustentável ou que reaproveita materiais.
  3. Conheça de onde vem suas roupas. Simplesmente responsabilize-se pela cadeia produtiva na qual você se coloca.
  4. Viva mais devagar.

Mas por onde a gente começa a descobrir essas informações? É aí que entra o Slow Down Fashion, a primeira plataforma brasileira que reúne marcas e projetos locais e inovadores que estão alinhados ao conceito Slow Fashion.

“A indústria da moda baseada no fast fashion apresenta uma dinâmica de produção e consumo desenfreados, gerando desde um grande impacto ambiental até escândalos envolvendo terríveis condições de trabalho. É necessário entender toda a cadeia matéria-prima usada, o estímulo a produção local, condições adequadas de trabalho e a quantidade de peças consumidas e descartadas também devem ser levados em conta.” conta o pessoal do Slow Down Fashion.

O projeto nasce, como muitas respostas às nossas necessidades atuais, das inquietações das próprias fundadoras, a empreendedora Michelle Narita, a jornalista Luciana Rego e a publicitária Débora Ambar. E seu lançamento se deu bem em abril, um mês marcado pelo Fashion Revolution Day, movimento que utiliza a #quemfezminhasroupas em homenagem aos 1.134 mortos no incêndio em uma indústria têxtil em Bangladesh, no dia 24 de Abril de 2013.

“A ideia é ser um guia para as pessoas que queiram encontrar marcas que estejam de acordo com os valores desse movimento, além de divulgar e compartilhar iniciativas que incentivam o consumo consciente e sustentável”, contam elas, que além de sinalizar marcas e iniciativas Slow Fashion, também geram no site conteúdo sobre o assunto para fomentar debate e conscientização.

Lindo, né? Viste a plataforma e viva mais slow.