Exercício

Yoga para Corredores

Saiba como aproveitar o melhor das duas modalidades na Run&Fun
Letícia Genesini
28 de junho de 2016

Yoga, surpreendentemente, virou algo muito importante na minha vida. Eu comecei a prática enquanto uma ruptura de ligamento me impossibilitava de fazer aquilo que realmente queria: correr. Entre idas e vindas, hoje ela acabou sendo mais presente na minha vida que a corrida em si.

A verdade é que as duas modalidades combinam muito. No meu grupo de yoga vejo muitos corredores que estão lá para alinhar o corpo, soltar os músculos, melhorar a respiração, tudo que no fim trará uma corrida mais eficiente e harmônica. Tanto que recentemente a Run&Fun fez uma parceria com o My Yoga, que vai envolver descontos para os alunos de cada empresa que queiram treinar a outra modalidade, além de treinos conjuntos.

Mas o que eu ouço da maioria dos corredores — e eu também pensava assim — é a velha frase “eu sou muito agitado para a Yoga”. Primeiramente, se você é muito agitado, aí sim é que deveria fazer yoga em dobro! Mas além disso, é um mito achar que yoga é alongamento e basta.

Quando comecei nessa nova modalidade, os corredores a minha volta falavam “ah, legal, você vai alongar os músculos”, sem entender que a prática de Yoga é muito mais extensa. Sem nem entrar na questão que a parte física da Yoga — os Asanas — é apenas uma fração da prática em si, quem nunca praticou muitas vezes nem imagina como ela pode ser um dos exercícios mais desafiantes que existem. Não porque se tratam de poses impossíveis — isso é acrobacia, não Yoga —, mas porque a modalidade vai fazer você conhecer bem seu corpo, as limitações dele, encará-las e trabalhar com elas. Em um mundo em que passamos o dia todo sentado e usando sapatos (sem falar em salto alto!), muitas vezes é mais fácil correr uma meia maratona do que passar um minuto de cócoras.

Sim, Yoga melhora seu alongamento, a ansiedade, a respiração. Sim, trabalha muito a força, mais do que muita musculação por aí. Mas a Yoga dá, como poucas atividades é capaz, mobilidade. Para o corpo que perdeu seu léxico de movimentos, como para a mente que precisa entender que nem toda progressão é linear. O difícil não está só entrar nas posturas (principalmente as que parecem simples)— quem corre, está acostumado com o desconforto. Mas é um desafio heróico ensinar a mente de um corredor que neste treino não há linha de chegada ou recordes a bater, porque não se trata trabalhar o corpo pensando em uma performance futura, mas chegar no mat e trabalha-lo hoje.

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