A Piovino é uma importadora de vinhos naturais italianos, comandado por Paula Amaral e Paula Prandini, que fazem a ponte Itália-São Paulo, respectivamente. Além de compartilhar o nome, e serem sócias nessa empreitada, as duas são primas. Mas o mais importante é que são duas pessoas incríveis, dedicadas em trazer não só as garrafas, mas a mensagem dos vinhos naturais para o Brasil.

Você acha os vinhos delas em alguns dos melhores restaurantes da cidade como a Enoteca Saint Vinsaint (claro), ChefVivi e D.O.M..Também é possível comprar diretamente no site (as garrafas variam de 100 a 300reais), que vale especialmente a pena navegar para conhecer um pouco dos vinhateiros por trás dos rótulos.

Selecionamos alguns excertos para vocês. Salute!

La Stoppa

Provincia de Piacenza, entre Milão, Bolonha e Gênova

“As plantas, que têm vida antiga, produzem naturalmente poucos cachos. São uvas desta terra, matéria da qual extraimos  poucos vinhos que permanecem na memória, que são meus, do meu povo e de nossas colinas. (…) Uso os mesmo vinhedos que aqui existem há mais de um século, sem pedir nada há mais do que naturalmente eles podem me dar.” Elena Pantaleoni.

La Distesa

Catelli di Jesi, província de Ancona, centro da Itália, na costa Adriática.

“Ser vinhateiro para nós significa, antes de tudo, trabalhar um território com toda sua complexidade, e depois, seguir as estações, com suas evoluções sempre diferentes. É por isso que nós escolhemos um método de cultivo orgânico, para que a terra possa expressar, sem distorções, o que ela traz com ela, naturalmente”, Corrado Dottori.

Cascina degli Ulivi

Novi Ligure, na província de Alessandria, região do Piemonte.

Fazenda biodinâmica que além de vinho, possui uma produção agrícola diversificada, pecuária, e ainda é um espaço onde se pode almoçar e jantar ou pernoitar.

“Eu comecei a trabalhar com agricultura em 1977, aos dezoito anos, recuperando uma pequena propriedade familiar, onde restava não mais do que um hectare de vinha. Imediatamente me aproximei do método orgânico, e prático desde 1984, o método biodinâmico. (…)A arte de fazer o vinho é acompanhar um processo natural no seu acontecimento”, Stefano Belotti.

Pacina

Um convento dos 900, no centro da Itália

“Vinho tinto e branco, Vin Santo, Azeite Extra virgem, são os nossos principais produtos. Nos últimos anos, continuamos na escolha de uma filosofia de produção muito natural também na adega: fermentação com leveduras indígenas, sem controle de temperatura, sem clarificação. Os vinhos não são filtrados, é uma adega não-tecnológica”. Giovanna Tiezzi e Stefano Borsa.