Letícia Genesini
31 de janeiro de 2017

“Interdependência. Substantivo Feminino. Estado ou qualidade de duas pessoas ou coisas ligadas entre si por uma recíproca dependência, em virtude da qual realizam as mesmas finalidades pelo auxílio mútuo ou coadjuvação recíproca”. É assim que se apresenta a rede Dots, uma comunidade colaborativa, que começou com um grupo no Facebook (hoje de quase 70mil pessoas), com o propósito conectar talentos através da generosidade. Você tem um serviço para oferecer? Precisa de uma ajudinha rápida ou uma ajudona. É só lançar na rede, que os pontos vão se conectando.

Na prática, Kuki Bailly, a idealizadora do projeto teceu essa rede após de uma demissão — não por coincidência a maioria da pessoas da rede seguem essa narrativa: uma pedra no meio do caminho que abriu a possibilidade de um empreendimento, de um sonho, ou simplesmente um fazer diferente. Mas o diferencial deste grupo (do qual faço parte), não é só lançar uma pergunta para rede, não é um local com respostas, como um google não automático; mas sim um local com pessoas para ouvir e falar — um ponto de empatia. Isto está muito claro em sua descrição:

“O objetivo deste grupo é antes de tudo FAZER O BEM através da conexão de talentos para que as oportunidades de todos sejam multiplicadas. Aqui você pode nos contar o que faz e o que precisa. Faremos o melhor pra te ajudar, te apresentar pessoas interessantes e o intuito não é guardar informações, mas compartilhá-las. O dots foi criado para melhorar a condição de vida de todos, seja gerando renda ou simplesmente dando uma força no que for necessário ou possível. Acreditamos na interdependência e na gentileza.”

Com um ano e meio de existência e incontáveis conexões estabelecidas a rede continua crescendo em cima de dois pilares: ser responsiva e gratuita. Hoje ela funciona com voluntários apaixonados e engajados, que desenvolvem ferramentas para viabilizar sua rentabilidade e propagação.Serão clarificados, e-commerces, portfólio online, app, entre outras iniciativa que lançarão braços do projeto para fora da mídia social.

A realização deste segundo passo não poderia ser diferente. O projeto que dá muito a muitos volta a sua própria rede com um kickante. Desde o recente lançamento do crowdfunding não só as contribuições iniciaram, como as histórias de conexão começaram a ser contatas e recontadas. Uma mostra de que a internet pode sim gerar empartia.

Para saber mais e colaborar, visite a página.