Exercício

Dos 3km à Ultramaratona

Conheça essa história de superação
Amigos do Sao Paulo Saudavel
09 de dezembro de 2015

Sheila conta como ela passou de corredora novata à ultramaratonista!

Meu nome é Sheila, sou professora de educação física e minha paixão por atividade física vem desde quando jogava handebol na escola. Depois veio a musculação e não parei nunca mais (exceto paradas esporádicas como todos). A corrida a principio era só um reforço no cardio para emagrecer mais rápido como toda mulher quer. Fora as corridas sozinhas, lembrei que no primeiro ano de faculdade, sem nenhum embasamento, treinava uma amiga a correr. Lembra, Pati? Íamos no recém aberto Parque da Juventude, já que até então morava e estudava na zona norte.

Em 2011 fui convidada para minha primeira prova de corrida por outra amiga, a Ana, que havia ganho ingressos para a corrida Zumbi dos palmares! Lá fomos nós fazer 3k (ou 3,5 sei lá)! Só sei que ao chegar na linha de chegada sabia que o bichinho da corrida havia me pegado. Parti louca, junto com as minha companheiras, a Ana e a Mari, para uma corrida de 10k que fiz 58 min (nada mal para primeira vez!). Fiquei por um tempo nos 10k, aumentei p 15k e depois para 21k no fim do ano seguinte, quando fiz a meia do circuito Athenas em 1h 54min. Continuei ainda por um tempo variando de 5k ate 21k, quando veio a ideia da maratona, os temidos 42km.

Até então treinava por conta — sou professora, fiz alguns cursos, mas não tinha tanta experiência para enfrentar isso sozinha. Na pós-graduação conheci um colega ultramaratonista e pedi ajuda. Putz, melhor coisa que eu fiz! Foram 4 meses de treinamento super específico para a prova (Maratona de SP 2014). No processo emagreci além da conta, então também entrei em contato com uma nutricionista que além de me ajudar a não emagrecer mais, super me ajudou com alimentação pré e pós treino e prova, e me ajuda até hoje (obrigada, Flavia Sgavioli!).

Cheguei com aquele frio na barriga, que só os loucos que passam por isso sabem. Lembram daquele calor que fez ano passado? Do começo desse ano? No dia da prova estava assim, 36 graus, muita gente passando mal, muita gente andando, e eu concentrada no pace estipulado. Fui indo, indo e indo. Senti cansaço dos 36km para os 37k, mas aí você pensa: poxa mas já fiz tudo isso! Só sei que nem vi minha família gritando por mim. Estava bem empolgada para terminar e seria sub 4h na minha primeira maratona. A super preparação que fiz, regrada no treino e na alimentação tiraram toda a dificuldade que eu poderia ter. E a emoção ao terminar? É sensacional.

maratonadesp_2

Vem 2015, o que eu faço da vida de corredora? Resposta: uma ultramaratona! A escolhida não poderia ser em outro lugar a não ser em Ilhabela — uma, que eu amo praia mais que tudo; outra, que tive momentos especiais nas duas vezes que fiz a Volta da Ilha lá. A primeira foi com pessoas que não conhecia muito bem, eu era professora no clube Bayer e os funcionários que participavam do grupo de corrida de lá me chamaram só para completar o time, sem acreditar muito em mim. Mas ao fim se surpreenderam e foi maravilhoso (trago até hoje uma amiga online que fiz lá, a Luciana, super corredora também). A segunda vez, no ano seguinte, eu que montei uma equipe com alguns alunos, a Ana e algumas pessoas do trabalho dela. “Amigos” estes que deram para trás na véspera da prova! E foi assim que conheci nosso Iron Victor Brasil, que veio para completar a equipe menos de 24 horas antes da prova. Formamos uma equipe de amigos e corredores e batizamos de “O q que eu to fazendo aki?”. A corrida foi mega superação para todos, Victor treinando para o Ironman não podia extrapolar, meus alunos também não eram experientes em longas distancia e subidas e eu não estava na minha melhor forma. Mesmo assim encarei o desafio de castelhanos e corri 24 km sozinha (para quem conhece lá sabe o que é aquela subida que só sobe carro 4×4).

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Enfim, Ilhabela é mega especial, e ficou ainda mais após a ultra do #xterratrailrun50km que aconteceu em agosto. Bem mais do que preparada para o desafio, dessa vez fui até castelhanos 2x: um vez correndo e no outro dia de jeep. A galera viu meu martírio. O pior para mim é encarar uma trail é ter que andar (o que é necessário por causa do percurso), minha marcha é péssima, eu sou louca por correr e andar é chato! (Rs. Se ficou curioso, da uma visitada em Ilhabela, de jeep mesmo e depois me passa um feedback se dá p correr o tempo todo).

Hoje estou num desafio de paciência, estou com um cisto na cabeça do fémur que começou a incomodar, e o tratamento por precaução é ficar de “molho”. Por isso, só faço corridas curtas de 30 e 50 min, e muito mais muito fortalecimento — até porque está chegando fim do ano, hora de escolher novos desafios. Uma ideia é a maratona de São Francisco, na Califórnia em Julho/16. Mas além do treinamento físico, isso depende também do dólar… kkkkkkk

 

Sheila Duarte da Silva mais uma apaixonada por corrida…