Letícia Genesini
12 de de 2017

Inaugurada em fevereiro de 2012, a Casa Amarela é um espaço para discussão de arte, cultura, política e meio ambiente. O local múltiplo sedia uma empresa de sustentabilidade, uma produtora de filmes, uma loja sem fins lucrativos que comercializa artesanato de comunidades brasileiras, o museu Xingú, além de ter o Café da Casa, sempre com bolos caseiros.

Espaço Amarelo e Museu Xingu

O Espaço Amarelo exibe o acervo da IAED – instituto de arte, educação e cultura. Faz parte dele o acervo de arte da família Young Silva e o acervo Xingu. Este último é uma exposição permanente de artefatos indígenas reunidos pelos Irmãos Villas Bôas. São cerca de 150 peças entre instrumentos e objetos confeccionadas com fibras, penas, argila, madeira e decoradas com urucum e jenipapo. “A grande panela Kamulüpe dos Waurá é uma de nossas raridades, mas a panela preferida de Orlando era a Tsak-Tsak, que cozinha à vapor. Ele até pediu para alguns ceramistas paulistas copiá-la, mas foi em vão a investida.”, conta Maria Paula Almeida, curadora da exposição.

Além disso, o espaço sedia projetos de arte e educação, eventos culturais, exposições, mostras de artistas, palestras, oficinas encontros e cursos.

Ponto Solidário

Fundado em 2002, o Ponto Solidário é uma associação sem fins lucrativos que traz para o público objetos artesanais que marcam nossa identidade cultural, através da divulgação e venda da produção artística e artesanal de diversas ONGs do Brasil, cooperativas, comunidades regionais, povos indígenas, artistas e outras instituições afins (são mais de 100 entidades e cerca de 20 artesãos independentes). Eles se pautam em comércio justo, economia solidária e sustentabilidade.

Moringas que geram renda às paneleiras. mulheres que coletam o barro para artesanato na beira dos córregos ou lugares úmidos do Vale do Jequitinhonha (MG)

Não se trata de um artesanato sem identidade, que muitas vezes encontramos hoje em dia. Todos os produtos são identificados quanto a sua origem regional e institucional e contam sua história. Um esforço para valorização da pessoa pelo trabalho e a capacidade de produção da comunidade.

Além disso, os objetos comercializados também possuem matérias-prima obtidas através de práticas
ambientais sustentáveis. Fibras naturais, taboa, buriti, capim dourado, palha de milho, banana, carnaúba, arumã, imbira ,tucumã são algumas delas. As comunidade parceiras também trabalham com madeiras recicladas e certificadas ou como no caso das comunidades indígenas com procedência conhecida. Alguns dos objetos também são produzidos através da reciclagem de materiais como papel, tecido, vidro, bagaço de cana, garrafas pet, sacolas plásticas, fitas de vídeo, etc.

Vale mais que à pena a visita, não?

Casa Amarela
Rua José Maria Lisboa, 838
Segunda a sexta das 10h às 19h
Sábados das 10h às 16h

Imagens: Casa Amarela